quarta-feira, 23 de agosto de 2006

A PERGUNTA MAIS IMPORTANTE

Toda vez em que me deparo com as situações surpreendentes e embasbacantes de "Lost" eu me pergunto: "Como esses caras conseguem?". E não é que eles fizeram novamente?

A história dá um giro louco. A escotilha que fingia ser o relato do experimento era O experimento; e o bunker de Desmond - tcharan! - é o responsável pela manutenção da normalidade em níveis eletromagnéticos. Incrível.

E por falar no Desmond, quem diria que foi ele o autor do desastre do vôo 815? Quem também poderia supor que o acampamento INTEIRO dos outros é mais falso do que uma nota de R$3? E por que, por que eles fingem tanto???

Surpreendentes também os cruzamentos entre personagens no passado: Libby que dá o barco pra Desmond que acaba encontrando com Inman que era colega do pai da Kate e esteve com Sayid... Isso tem que ter algum propósito - ou não.

E o maldito pé de quatro - opa, número maldito aí! - dedos? Mais uma obra da cenografia Dharma ou monumento vivo de um passado pré-Hanso na ilha?

Como se vê, são muitas as perguntas. Eles responderam duas - o porquê da queda do avião e o que acontece quando os números não são digitados no computador -, mas em compensação nos deram várias outras questões. Talvez a pior delas seja a razão de Kate, Sawyer e Jack serem os "convocados" da lista de Bea, e SÓ eles; e a minha medalha de prata das dúvidas cruéis vai para a despertada pela maldita frase dita pelo falso Henry: "Nós somos os mocinhos, Michael".

Saem as perguntas, entram os palpites. Como todo fã de "Lost" é um teórico e debatedor da série em potencial, aproveito pra lançar os meus. Olha só:

- Henry Gale deu as coordenadas certas a Michael; porém, não se sabe o que ele vai encontrar lá fora. Acho que ele vai voltar com Walt para a ilha, provavelmente movido por remorso. Aliás, já posso ver o fim da terceira temporada marcado pelo retorno de Mike e Walt.

- Existe uma segunda motivação para Michael voltar: Penelope. Agora que a ex-amada de Desmond achou a ilha, creio que um encontro entre o pai de Walt e ela é possível; e, assim, eles voltem para lá de alguma forma - sim, realmente acho que voltaremos a ver o Michael muito antes do que pensamos.

- O sotaque da dupla que fala português na "base polar" é tão híbrido que - juro! - me soou algo catarinense. Óbvio que não é isso, mas realmente acho que não devem ser lusitanos não.

- Só há uma chance para a escotilha Cisne ser um mero experimento comportamental: caso a chave acionada por Desmond realmente substitua o trabalho sujo que é a chatice de, a cada 108 minutos, alguém ter que apertar o botão.

- Sim, o papagaio supernutrido falou o nome do Hurley; e o fato de terem tomado um rasante assim como no episódio final da primeira temporada é apenas uma coincidência.

- Sayid vai encontrar o Hurley - e obviamente tem tudo pra se tornar um novo líder dos sobreviventes.

- Mais Hurley: o simpático gordinho me frustrou. Por mais que ele não tivesse condições - e não tem mesmo - de lutar contra os Outros, o achei muito passivo para aceitar a ordem de voltar para o acampamento. Como bem disse uma amiga minha, o Sawyer com todo o seu mau-caratismo jamais toparia regressar sem Jack, Kate e Hurley.

Idéias, idéias, idéias... O fato é que já vi "Live Together, Die Alone" umas cinco vezes; e conforme os pensamentos forem assentando em minha cabeça, vou postando.

E para me despedir, devo dizer que acho que a série tem tudo para continuar trilhando um ótimo caminho - e tudo porque eles estão arriscando, procurando o menos óbvio, o mais desafiador para nós e para eles também. Digo isso por dois motivos de fé: acreditar em que eles nos darão muito boas respostas; e apostar pra valer que irei morrer sem saber o maior dos segredos de "Lost": como eles conseguem fazer isso conosco?

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Fonte: Lost In Lost - Por Carlos Alexandre Monteiro

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