- É impressionante a vocação natural de levantar novas dúvidas no ar exercida pelos flashbacks de Desmond. Depois do sensacional "Flashes Before Your Eyes", novos questionamentos vêm à tona com "Catch-22", lotando minha caixa de e-mails e agitando os comentários do blog.
Um exemplo? Lá vai: a sobrevivência - ou morte - de Charlie influiu na identidade da paraquedista? Será que, caso ele tivesse deixado Charlie morrer, ela seria Penelope?
Para mim, é muito simples: esta hipótese é totalmente impossível, uma vez que a flechada e a queda da paraquedista não foram eventos interligados. Na entrevista que fiz com a professora Sheila, ela expôs o "paradoxo do avô", que trata da influência de eventos protagonizados por alguém que retorna o passado no futuro vivenciado por essa mesma pessoa; e não vejo qualquer ligação direta entre a provável morte de Charlie e a queda da paraquedista, ocorrida ANTES do momento em que aconteceria a flechada.
Enfim, como não vimos qualquer cena no flash de Desmond de Penny tirando o capacete, e considerando o que disse acima, vemos que essa dúvida tem origem apenas na mente (e sobretudo na vontade) de Desmond. Sugestão mental + desejo de reencontrar a amada = interpretação errada dos acontecimentos.
Se há uma pergunta que martela meus neurônios é a mesma levantada pela dupla de produtores executivos e roteiristas Damon Lindelof e Carlton Cuse: haverá um jeito de Charlie (ou Desmond mesmo) anular de uma vez por todas a insistência do destino em querer apontar a morte do roqueiro?
Eu imagino que o desafio de Hurley em "Tricia Tanaka is Dead", ao entrar na Kombi e encarar pra valer o destino, possa ser uma boa para Charlie - e essa pode ser a explicação para... bem, para ler SPOILERS!, selecione ao lado com o botão esquerdo--> Como eu ia dizendo, como sabemos que Charlie irá se meter em uma aventura no mar, ligando cabos submarinos, talvez esse heroísmo também tenha um quê de vontade do baixista de acabar definitivamente com essa história de morte... Não?
- Muita gente falou que a foto de Penny postada por mim nas imagens eram do passado dos dois. Acrescentando algo ao que disse acima, essa pode ser uma prova do poder de sugestão mental de Desmond interferindo não apenas em sua interpretação como também em sua clarividência.
As evidências são mais do que claras em apontar que a cena não era do futuro - e essa confusão do "Brotha" entre vontade e premonição é certeza de mais confusões nas nossas mentes. Agora pergunto: desta vez, esta cena "adicional" do flash praticamente "inofensiva". Será que essa mistureba poderá atrapalhar Desmondo mais adiante?
- O que terá causado a queda do helicóptero? Prestando atenção aos sons, parece que houve uma perda de potência do veículo - algo como uma pane suave, uma falta de combustível... Imagino sim a influência de um agente externo, e deixo no ar a possibilidade de o piloto estar vivo.
- Dois detalhes sobre o telefone via satélite da paraquedista: o primeiro, apontado pelo amigo Marcelo Nóbrega em seu blog futuro.vc, é que a interface do aparelhinho foi inspirada na do iPhone, novo objeto do desejo de todos os loucos por novidades tecnológicas. Compare:

À esquerda, o iPhone; à direita, o telefone por satélite da paraquedista
E a segunda é que o aparelho pode ao menos ter registrado uma coordenada aproximada da ilha! Será que Naomi as decorou? E Rousseau, teria baterias sobressalentes?
- Para terminar, devo dizer: apesar da (já comentada) tosquice que foi a fotomontagem de Campbell e Ms. Hawking, não, não eu acho que esse desleixo tenha algum significado. Foi apenas um descuido da produção; mas que ficou bem feio, ficou.
Fonte: Lost In Lost - Por Carlos Alexandre Monteiro
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