Antes de qualquer comentário, listo todas as seis indicações que nossa série teve no Emmy:
- Melhor ator coadjuvante de série dramática - Terry O'Quinn (Locke) e Michael Emerson (Ben)
- Melhor roteiro de série dramática - Carlton Cuse e Damon Lindelof, por "Through the Looking Glass"
- Melhor direção em série dramática - Jack Bender por "Through the Looking Glass"
- Melhor edição de câmera em série dramática - Mark J. Goldman, Christopher Nelson, Stephen Semel e Henk Van Eeghen, por "Through the Looking Glass";
- Melhor edição de áudio em série - Thomas deGorter, Paula Fairfield, Lloyd Jay Keiser, Alex Levy, Maciek Malish, Cynthia Merril, Carla Murray, Doug Reed, Joe Schultz e
Geordy Sincavage, por "A Tale of Two Cities".
Bom... Como o título do post "entrega", não dá para dizer que não fiquei feliz - sobretudo por Lindelof e Cuse e ainda mais por Emerson e O'Quinn. As três indicações são justíssimas - no meu entendimento, quase uma obrigação moral da Academia. Ou seria possível respeitar o Emmy caso o intérprete do melhor vilão da TV tivesse ficado de fora?
E só para comentar um pouquinho do já tão comentado "Through the Looking Glass", o episódio é praticamente completo, com elementos muitíssimo bem dosados, e uma reviravolta na trama que os que já assistiram ao episódio não esquecerão tão cedo. Coisa de gênio.
Agora a parte bronquinha, composta por uma injustiça gritante e outra pertencente às inadmissíveis - e ambas, cruelmente comprometidas com o critério capenga usado pelos jurados para selecionar os indicados.
Vale uma breve explicação sobre esse método aos desavisados, óbvia porém necessária: os jurados geralmente não assistem à mais do que um episódio de cada série para fazer suas escolhas em cada categoria.
Mas não quero ir mais fundo ao falar desses critérios não. Primeiro, porque é chato pra caramba; e segundo, porque confesso não saber todos as regrinhas e minúcias do regulamento. No entanto, o "pequeno detalhe" descrito no parágrafo anterior pode justificar a ausência de Elizabeth Mitchell.
Só quem teve a chance de ver cabo a rabo a terceira temporada completa pode analisar a qualidade do trabalho de Elizabeth. É claro que a competência da atriz é perceptível ao se assistir à apenas um episódio, mas é pouco para uma avaliação mais... justa. Enfim, repetindo, ausência sentida, mas compreensível diante do tal critério esquisito.
Agora, não ver Lost entre as melhores séries dramáticas não dá para engolir. Simplesmente não dá. Curto Heroes, mas acho que falta muito para que chegue aos pés da nossa favorita. A própria terceira temporada de Grey's Anatomy não teria como "roubar" nossa vaga.
Das três restantes, House é de fato genial e mereceu a indicação; já sobre Boston Legal e The Sopranos não posso comentar, mas respeito as duas pelo tanto que já ouvi falar bem de ambas.
Se este fabuloso terceiro ano não foi suficiente para garantir Lost como candidata a melhor série dramática, pelo jeito, creio que a próxima chance que teremos para ganhar uma indicação nesta categoria será na última temporada. A Academia adora fazer homenagens a seriados que já se despediram. Ao meu ver, só assim. Será?
Bem, é melhor deixar para lá. Afinal, vai ter gente merecendo nossa torcida no dia 16 de setembro - e, se tivermos alguma justiça, pelo menos Damon, Carlton e um dos sensacionais Terry O'Quinn e Michael Emerson não sairão de mãos abanando. Namastê para eles!
* * *
Sempre imagino Terry O'Quinn vencendo o Emmy e, em seu agradecimento, apenas soltar a seguinte frase: "Don't tell me what I can't do!" - ou "Não me diga o que eu não posso fazer", o ótimo bordão de Locke.
Seria sensacional, não?
Fonte: Lost In Lost - Por Carlos Alexandre Monteiro
quinta-feira, 19 de julho de 2007
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