(Com SPOILERS! para quem não viu os episódios 1 e 2 desta quinta temporada)
E enfim vamos à primeira Raspa do Tacho de 2009! Temos bons assuntos que não foram devidamente desenvolvidos no post de comentários nem no podcast…
Vamos a eles então:
- Li por aí desconfianças de que o bebê de Pierre Chang e sua esposa não parecia muito… oriental. Então, vamos ao tira-teima:
Tudo bem que não chega a ser como Ji Yeon, mas há os olhinhos puxados e escuros sim. Para mim, filho legítimo dos dois!
E sobre o assunto, mais duas coisas:
1ª) Não estranharei se descobrir que o bebê é Miles - e que, portanto, o sobrenome “Straume” tenha sido adotado;
2ª) Será que a mulher de Peter Chang teve o filho do casal… na ilha?
- Falemos de um grande susto do início de “Because You Left”: a presença de Faraday na estação Orquídea, trabalhando por lá. Como explicar isso? Quando e como teria sido?
Penso que isso tenha acontecido depois dos eventos de “The Constant”. Cada vez mais acredito em que, ao chegar à ilha de cargueiro, aquela era a segunda vez de Faraday no local; e a viagem no tempo que o teria mandado à ilha nos tempos da Dharma tenha surgido fora dela.
Diante dos conhecimentos adquiridos pelo físico, vejo que a explicação mais provável é mesmo a de que Dan deve ter se engajado à iniciativa após um destes saltos no tempo… e aproveitado para se infiltrar na Orquídea, tentando entender melhor o que lá acontece. Destaco que, na Dharma, ele não era cientista, mas sim um mero operário- o que reforça essa hipótese, pois, se Chang soubesse da condição de físico de Faraday, certamente ele seria aproveitado neste campo.
E mais: a cena em que vemos que Desmond só se recorda do pedido de Faraday ao sair da ilha, demonstrando um esquecimento do Brotha em relação àquele encontro, me fez lembrar diretamente da famosa cena do “choro sem explicação” de Faraday em “Confirmed Dead” ao ver o noticiário do encontro dos destroços do voo 815.
Da mesma forma que tudo aponta para que Desmond só tenha recordado do encontro com Faraday à porta da estação Cisne no futuro, o mesmo motivo explica por que o físico chorou sem saber por que ao assistir ao noticiário. E a razão é dita pelo próprio físico: se já aconteceu, não acontecerá. Desmond não poderia se lembrar do encontro dos dois ainda na ilha, assim como Faraday não poderia lembrar que já tinha estado na ilha e estado com os sobreviventes do voo 815 antes daquilo. De fato, o destino tem seu jeito de corrigir o curso das coisas - e algumas nem parecem ser correções, mas sim mecanismos de prevenção.
- Eis abaixo um trecho da letra da música de Willie Nelson ouvida por Chang, “Shotgun Willie”: “Shotgun Willie sits around in its underwear/ Bitin’ on a bullet, pullin’ out all of his hair(…)/ You can’t make a record if you ain’t got nothing to say”.
Traduzindo: “Shotgun Willie se senta com sua roupa de baixo/ Todo durão, puxando todo seu cabelo/ Você não pode gravar um disco se não tem nada para dizer”. Uma dica de que os que ficaram para trás não farão nada, uma vez que não podem?
- Há mais uma ocorrência de números no episódio que não foi citada no podcast: no sistema de som do aeroporto, a locutora anuncia o embarque para o voo 23 para Paris no portão 15.
- Mais Chuva em um momento crítico: foi quando Locke se viu sozinho, após a ilha se mover.
- Agora, “The Lie”. Reparou na marca da cerveja de Frank Lapidus? É Jekyll Island. Segundo a Wikipedia, Jekyll Island fica no estado americano da Geórgia e já foi colonizada por diversos povos e com uma rica fauna selvagem. Hmmm.
- Um toque de ironia na nova participação de Michelle Rodriguez na pele de Ana Lucia foi ver a falecida policial latina dizendo para Hurley “não ser pego pela polícia” quando a própria Michelle foi presa por dirigir embriagada no Havaí, na época em que era do elenco da segunda temporada da série…
- O cachorro que aparece na primeira camiseta vista por Hurley é na verdade Miss Honolulu, cadela do diretor e produtor executivo Jack Bender - a mesma que serviu de modelo para o assustador quadro visto na cabana de Jacob.
- E enfim, o pêndulo do mecanismo comandado pela sra. Hawking. De acordo com a Lostpedia, ele pode ser tanto uma referência ao pêndulo de Foucault, experiência concebida para demonstrar a rotação da Terra em relação a um referencial utilizando-se de um pêndulo, como uma referência ao livro “O Pêndulo de Foucault”, obra de Umberto Eco centrada em três amigos que se divertem ao criar mitologias, teorias conspiratórias e afins e que acabam sendo seguidos por um grupo de pessoas que acredita no que o trio criou…
* * *
Agora, caprichem nos comentários!
Fonte: Lost In Lost - Por Carlos Alexandre Monteiro
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