(Com SPOILERS! para quem não viu o último episódio da quinta temporada)
Sim! Uma Raspa no mesmo dia do podcast! Então, vocês já sabem o que fazer: basta seguir os tópicos abaixo!
- Começamos com o livro que Jacob lia no momento em que Locke despencava dos oito andares. É “Everything That Rises Must Converge” (”Tudo que se ergue deve convergir”), de Flannery O’Connor. A obra reúne algumas pequenas histórias, que têm em comum o fato de expôr fraquezas humanas e explorar questões morais importantes, segundo a Wikipedia. Se pensarmos que egoísmo, orgulho e traição foram temas abordados em “The Incident”, um livro bem pertinente para aparecer no episódio…
- Agora, uma pequena observação: novamente em uma cena do passado de Kate ouvimos uma música da cantora country Patsy Cline. Desta vez, a canção é “Three Cigarrettes (In An Ashtray)”.
- Essa foi pescada por meu amigo Davi Garcia, do Dude, We Are Lost!: o resumo do episódio no site oficial da série confirma que a estátua do pé de quatro dedos é mesmo de Taweret, deusa egípcia da fertilidade!
Um detalhe muito curioso sobre Taweret é que, segundo a Wikipedia, a deusa ajudou Horus em sua luta contra Seth. Ainda de acordo com a enciclopédia, Seth era o deus da violência, da inveja, do caos e da guerra e responsável pelas tempestades. Algo a ver com as chuvas em momentos críticos da série?
Por sua vez, Hórus, é o deus dos céus, e um de seus símbolos é o olho - o mesmo que aparece no centro da tapeçaria tecida por Jacob! Coincidência? Não acho…
- Mais sobre a história de Jacob e seu estranho rival: como comentei no podcast, acredito que o homem grisalho seja inspirado em Esaú, irmão e rival de Jacó (Jacob) na história contada na Bíblia.
Segundo o livro de Gênesis, a mãe dos dois, Rebeca, teria preferência por Jacó - o que despertou a ira do preterido Esaú. O centro da rivalidade deles foi o golpe protagonizado pela mãe deles: segundo a tradição judaica, o primeiro filho teria direitos exclusivos, e este foi Esaú; no entanto, ela ajudou Jacó a passar-se por Esaú diante do pai deles, Isaac, roubando o direito legítimo do irmão.
Curioso ver como essa história, de certa forma, remete a de Caim e Abel; e, também a de Locke e Ben. No caso do caçador e do ex-líder dos Outros, o papel de Rebeca seria do próprio Jacob, enquanto que na maior metáfora bíblica - e na que julgo realmente relevante para a trama -, a mãe de Esaú e Jacob seria a própria ilha.
- Por fim, a pergunta: Juliet conseguiu explodir a bomba? O futuro foi modificado e o voo 815 foi para Los Angeles? Meus palpites: não e não. E, claro, listo abaixo algumas evidências para sustentar minhas opiniões:
* Uma bem superficial, mas que pode ter algum significado: assim como “Dead is Dead”, nome de um episódio, nos sinalizava que Locke de fato não havia ressuscitado; temos um outro episódio chamado “Whatever Happened, Happened” - e, se ele for “respeitado”, não só teríamos a sugestão de que nada fora mudado por Juliet e Jack como também a de que o Incidente teve participação ativa daqueles viajantes no tempo.
* Caso realmente houvesse uma mudança no tempo e o voo 815 pousasse em LA, não faria qualquer sentido a essa altura da história. Pensem comigo: fosse “The Incident” o penúltimo episódio da história da série, e essa possibilidade seria pertinente; mas com tantas pontas para serem amarradas em 2007, e com todas as tramas sugeridas neste ano para a última temporada, seria inútil se fosse passada uma borracha nos acontecimentos no “presente” - a morte de Jacob, o encontro de Ilana e Alpert etc.
* Como disse no podcast, insisto na relevância da conversa de Hurley com Jacob no táxi. Ali, o homem preparava o Dude para o que acredito que seja um dos papéis do personagem no sexto e último ano: servir de mensageiro de Jacob ao grupo. E reforço: se existe algum jeito para que Locke alcance sua redenção, também é através deste contato - que pode inclusive ter a participação de Miles.
* Por toda esta temporada vivemos a expectativa de um alinhamento temporal entre os que foram parar no passado e os que chegaram à ilha em 2007; como isso não iria acontecer na próxima? Para mim, é exatamente isso que veremos nos primeiros instantes do sexto ano.
* E uma última observação, para animar fãs de Juliet e Sayid: neste transporte do grupo do passado ao seu tempo “verdadeiro”, creio que tanto a loira quanto o iraquiano serão também levados a 2007. Ou seja: não nos despedimos ainda deles não.
Enfim, creio que o que de fato aconteceu foi o clarão definitivo, que enfim corrigiu o curso dos que estavam no passado, levando-os 30 anos no futuro, tempo ao qual pertencem. Lembro sempre da máxima de Eloise Hawking, que aponta que o destino sempre corrige seu curso; e o que vimos na cena final foi exatamente isso: um clarão, certamente gerado pela absurda quantidade de energia eletromagnética, e que os colocará no mesmo tempo, prontos para os acontecimentos deste próximo e derradeiro ano da história.
E vocês, o que me dizem?
* * *
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É nesta madrugada, à meia-noite e meia! Mandem suas perguntas/teorias/comentários via Twitter, através do comando “@lostinlost” (sem as aspas, claro) e, no horário marcado, acessem o canal do blog no Ustream.tv: http://www.ustream.tv/lostinlost
Nos vemos e falamos mais tarde então. Até!
Fonte: Lost In Lost - Por Carlos Alexandre Monteiro
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