quarta-feira, 23 de maio de 2007

"LOST: THE ANSWERS" - RESPOSTAS EM DESFILE

(Só tem SPOILERS para quem não acompanha a série junto com os EUA)

Acabo de assistir ao especial da ABC em que os produtores executivos e roteiristas Damon Lindelof e Carlton Cuse comentam os principais fatos ocorridos nesta terceira temporada. E o nome do programa faz jus ao seu roteiro: a dupla dinâmica praticamente enumera todas as respostas vistas nesta temporada.

Ao mesmo tempo em que eles celebram as soluções de vários enigmas - alguns deles, pendentes desde o comecinho da série - que chegaram nesta temporada, justificam também a necessidade de "Lost" continuar repleta de mistérios. Elementar, mas isso é algo que para mim ficou bem claro desde o primeiro episódio: algumas daquelas perguntas sem resposta deveriam (e devem) permanecer assim até o fim da jornada. O mistério é o combustível daquela ilha, óbvio.

Mesmo sendo em grande parte um grande especial de recapitulação - uma espécie de "greatest hits"(!) da temporada -, "Lost: The Answers" trouxe algumas informações bem interessantes. Eu vou listá-las:


- A primeira vem aos nove minutos, quando Carlton Cuse diz que a escotilha Cisne "era a mais importante de todas". Antes disso, nós nunca tínhamos tido um reconhecimento oficial do valor do antigo lar de Desmond diante dos demais;

Aí, eu lembro que Lindelof disse em um podcast oficial que talvez os Outros não soubessem da existência da escotilha Cisne até Locke tê-la encontrado; e isso nos leva a cogitar que, justamente por sua importância, talvez a Cisne fosse conhecida somente por altos membros da hierarquia Dharma - e natural que fosse desconhecida do filho de um simples zelador da Iniciativa...


- Outra afirmação curiosa foi quando Cuse disse que imaginava o grupo dos Outros tendo "de 30 a 40 pessoas". Não teremos então uma desvantagem tão evidente de um oponente para o outro na batalha anunciada do episódio final;


- Notem que sugestiva essa seqüência narrativa: logo depois de vermos Lindelof dizendo que o monstro de fumaça "processa memórias que as pessoas têm", o narrador diz: "algumas memórias podem se tornar bastante reais". Seria uma dica da materialização do monstro em pessoas e animais significativos para os sobreviventes do vôo 815?


- "Não importa quanto tempo se passa nesta ilha, você não se cansa dela". Ouvir de novo esta frase de Richard Alpert a Locke, lembrar o que ele disse a Juliet - que "o tempo voa na ilha" - e associar isso tudo à sua fisionomia imutável desde que o garoto Ben o conheceu me reforça a idéia de que há um grande mistério em "Lost" ligado à passagem do tempo.


- Aos 26 minutos e 35 segundos, ouvimos Lindelof dizer: "Tudo aconteceu exatamente do jeito que tinha que acontecer" ao falar do desastre. Pode esta ser a prova de que aquelas pessoas não estão ali juntas na ilha - e, logicamente, no vôo - por acaso?

Engraçado é que também ouvimos que "alguns dos sobreviventes não tiveram escolha ao embarcarem naquele avião". Poderíamos ter passageiros escolhidos e passageiros que caíram na ilha sem serem selecionados para tal?


- Por fim, uma das últimas frases do especial: "Esta ilha deu aos sobreviventes a oportunidade de se reinventarem completamente, e o episódio final falará dessa mudança". Além de heroísmo, portanto, parece que teremos outras transições a caminho...


* * *


Valeu assistir a "Lost: The Answers". Além de uma recapitulação, sempre temos em especiais como este a chance de pescar novas dicas, olhar acontecimentos sob outros ângulos... e, claro, pôr ainda mais lenha na fogueira que vai arder pra valer na noite desta quarta.


* * *


Graças a um bug do blog, o post com o último podcast da ABC sumiu.

O conteúdo dele será repostado ainda nesta quarta-feira. Ainda que esse sumiço tenha sido completamente alheio ao meu controle, peço desde já desculpas pelo ocorrido...

Fonte: Lost In Lost - Por Carlos Alexandre Monteiro

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