(Com SPOILERS! para quem não acompanha a série junto com o público americano)
Eu bem que disse que uma certa possibilidade que levantei há um tempo iria vingar… e de fato aconteceu: a volta da seção de perguntas e respostas acontece agora, marcada apenas por questões, possibilidades e observações levantadas por leitores do blog nos comentários de posts!
Digo que gostei bastante da experiência, que deve se repetir mais vezes nas edições do Lost in Lost Responde; e espero que vocês se divirtam também. Lá vamos nós:
“Eu acho que, quando o Sawyer disse que o Faraday tinha partido, quis dizer que ele tinha, de alguma maneira ido parar em outro tempo, sozinho. De repente, enquanto estudava a Orquídea, e já sabendo do lance das viagens no tempo, ele foi até a roda e aproveitou a energia eletromagnética (ou o que quer que seja aquilo) acumulada no local pra ser o ‘primeiro’ (considerando a linha do tempo original) viajante no tempo.
Resumindo: o Faraday foi quem gerou o interesse da Dharma pelas viagens no tempo. Foi ele quem deu início a tudo. Viajei?” (C.)
Olha, caro(a) C., concordo e discordo de você. Acho que, na cena que vimos no primeiro episódio desta temporada - aquela, em que vemos Faraday como um simples operário, trabalhando na construção da Orquídea -,ele poderia não estar ali por acaso. Como ele mesmo já sabia no futuro sobre a estação, ele deveria estar ali já bolando uma forma de usá-la para transportá-lo e os demais (Jack, Sawyer, Miles etc.) de volta ao tempo que pertencem. E nisso, sim, ele até pode ser o primeiro viajante no tempo da estação - ao lado, claro, dos que foram parar acidentalmente no passado.
A parte em que discordo diz respeito ao interesse da Dharma por viagens no tempo. De novo relembro a cena de “Because You Left”, em que o assunto “viagens no tempo” já circulava nos, digamos, bastidores da Iniciativa - ou seja, o assunto não teria sido introduzido por Faraday não.
Acredito que, em “The Variable”, o 14º episódio desta temporada, possamos voltar a ver esta cena em que o cientista aparece na Orquídea; e vermos a que de fato se deveu a ausência de Daniel Faraday por esses últimos episódios. Não descarto a possibilidade de que já estivesse envolvido com a estação Cisne neste período também. Nossas respostas, creio, não devem tardar a surgir.
“Acho que a sra. Eloise deve estar tramando alguma com o Widmore. Lembram que ela disse ao Jack que o retorno deles deveria ser ‘naquele’ avião? Foi tudo tramado para que os dois podessem infiltrar seus capangas novamente na ilha. Ela deve ter sido expulsa da ilha junto com ele”. (Márcio)
Márcio, acho muito possível que possa ter havido uma parceria entre Eloíse e Widmore; no entanto, o que me chama a atenção é Ben não ter desconfiado de que Desmond tenha chegado até a mãe de Faraday graças a Charles Widmore - como de fato ocorreu.
Outra prova da ausência de suspeita da parte de Ben foi quando Jack, em pleno voo 316, perguntou a ele o que aconteceria com os demais passageiros, obtendo deles uma resposta fria: “Quem se importa?”.
Por fim, não faria mesmo muito sentido que Ben fosse cúmplice de Ilana e não a usasse para acabar com Locke. Né?
Existe ainda uma terceira suspeita: a de que Ilana e seus aliados não sejam ligados à Iniciativa Dharma, nem aos Hostis. Mas acho essa possibilidade remotíssima. Por enquanto, fico com Márcio ao achar que a morena e cia. sejam ligados a Widmore e Hakwing…
Uma última coisa: Após assistir a “Dead is Dead”, não me pareceu que Eloise tenha sido expulsa juntamente com Widmore - isso, claro, considerando que ela e a Ellie vista em “Jughead” sejam a mesma pessoa. E sobre esse assunto, reafirmo: creio que em “The Variable” teremos mais chance de saber exatamente sobre o passado de Eloise, se ela e Ellie - ha! - são de fato a mesma mulher e, em caso afirmativo, entender os motivos pelos quais ela saiu da ilha.
“Sobre a grande caixa prata de Ilana e seus homens, acho que ali deve ter uma antena ou algo do tipo, que possa emitir um sinal a Ann Arbor (cidade da universidade da Dharma) avisando que ela encontrou a ilha. Tenho certeza que ela está envolvida na guerra que Widmore disse para o Locke que haveria. Locke será a chave da vitória da ilha nesse combate”. (Paulo Roberto)”
“Minha teoria: Widmore foi líder corrupto dos Outros. Numa de suas ’saídas’, vendeu informações para a Hanso Foundation e ajudou a trazer a Dharma para a ilha. Poderia ser desta forma que ele começou a sua fortuna!” (Jefferson H.)”
Sim, Paulo, a tal guerra anunciada por Widmore a Locke pode ser mesmo a pista de que Ilana e seus comandados estão na ilha para participar ativamente dela; agora, uma antena?!? Não sei se haveria a necessidade de um novo equipamento do gênero, mas a ideia é ótima!
Por sua vez, curiosa é a hipótese levantada pelo Jefferson - afinal, o jovem Widmore não pareceu ser exatamente um ricaço. Mas aí teríamos que abstrair toda a história do apego de Widmore pela ilha, já que ele teria vendido o local; e uma traição deste tipo seria um golpe de mestre (do mal) do magnata. Difícil? Sim; mas pensar na ideia já é válido.
“Ben captura Alex, aponta a arma para ela - e havia claridade; aí, 16 anos depois ela dá uma flechada nele, e ambos parecem que nunca se viram na vida. Ele fala q não é um Outro, e ela o entrega de bandeja para seu torturado Sayid, que o tortura como Henry Gale. (…) Um furo que apareceu agora” (NOR)
Muita calma nessa hora, NOR: em “One of Them”, o episódio em que o “falso Henry Gale” aparece capturado pela francesa, ela afirma veementemente para Sayid que ele está “diante de um deles” sim!
Outra coisa: é questionável afirmar que Rousseau pôde ver Ben de forma clara naquela traumática noite; e no entanto, ainda que tenha visto, ela pode convenientemente ter fingido de ignorante, com medo de alguma represália contra sua filha.
No mais, Rousseau pode ter visto em Sayid um aliado que pudesse obter informações sobre Alex sem despertar uma reação mais agressiva de Benjamin Linus; e nunca devemos descartar a insanidade da francesa - se bem que a clareza e a veracidade das informações que ela passou aos sobreviventes do voo 815, até agora, estão acima de qualquer desconfiança sobre saúde mental…
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O debate continua. As palavras são de vocês!
Fonte: Lost In Lost - Por Carlos Alexandre Monteiro
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