Estamos num avião. Dos dois pilotos, um carrega um pé de coelho. "A carga que temos é amaldiçoada". Na cabine, há também uma mulher chamada Ms. Decker, que vai até o compartimento de carga da aeronave avisar que o pouso está próximo.
No compartimento, ela encontra Jack, Kate (com Aaron), Sayid, Hurley e Sun, que parecem abatidos e tristes. Ela diz que eles pousarão em uma base militar em Honolulu, bem isolada mas com a presença dos parentes deles e da imprensa - e acrescenta que eles não precisam falar com os repórteres. Jack diz que todos concordam em dar entrevistas, e ela ainda conta que a mídia batizou o grupo como Oceanic Six, retirando-se em seguida.
Jack diz aos outros que todos conhecem a história; e que não tem problema se alguém não quiser responder a alguma pergunta, pois os jornalistas assumirão que a pessoa está em estado de choque. "Nós estamos em choque", diz Sun. "Ótimo. Então será fácil", devolve o médico.
O avião pousa, a rampa do compartimento desce, e eles saltam. Hurley e Sun abraçam seus pais, o mesmo acontecendo com Jack e sua mãe, Margo. Não há ninguém esperando Kate nem Sayid, mas Hurley apresenta o iraquiano para seus pais, que o tratam com carinho.
De volta à ilha, o grupo da praia discute por que Sayid e Desmon, supostamente no helicóptero, simplesmente não pousaram em vez de tacar o telefone. Sun sugere que eles liguem e Jack passa o aparelho a Faraday para que faça isso. Ao ligar, o grupo ouve uma conversa de Lapidus e Keamy, com o militar mandando o piloto pousar para que o grupo vá até à Orquídea. Jack pergunta a Juliet se ela conhece a Orquídea, mas ela nega.
Jack chama Kate para uma caminhada, e ela topa. Juliet tenta impedir Jack, mas é em vão. "Vou porque prometi a todos que os tiraria da ilha", disse ele, afirmando que volta em questão de horas. A poucos metros, Faraday está nervoso, explicando a Charlotte que eles usarão o "protocolo secundário", e que por isso mesmo eles devem cair fora da ilha o quanto antes.
Ao caminharem na mata, Jack e Kate resolvem parar, e ela nota que ele está sangrando no local da cirurgia. "Não é sangramento, é apenas meu corpo lutando contra as bactérias entre os pontos", diz o médico. Ao ouvirem um barulho na mata, eles sacam as armas. É Miles, seguido por Sawyer, que segura Aaron.
Kate pergunta por Claire, e Sawyer conta que eles a perderam, pois ela entrou pela mata à noite. "Pensamos que talvez ela tenha ido para a praia", disse o golpista, mas Jack diz que ela não foi para lá. Sawyer pergunta o que eles fazem ali, e sobre o aparelho. "Alguém nos atirou o telefone do helicóptero. Deve ter sido Sayid". O golpista disse que espera que não tenha sido o iraquiano, depois que "aqueles animais" destruíram metade da vila dos Outros. "Eles tentaram te matar", perguntou Kate. A resposta: "Como Locke disse que iriam".
Jack diz que se esconder não parece ser a melhor idéia, já que não adiantou com Sawyer; e o golpista afirma que o médico já está perturbando com a idéia de sair da ilha, e que ele já viu esse filme antes. Pegando Aaron, Kate interrompe a discussão, e Jack a manda voltar com Aaron para a praia, dizendo que irá atrás de Sayid e Desmond de qualquer forma. Ao ver Jack sair, Sawyer se junta a ele, resmungando: "Você não vai morrer sozinho".
Flash-forward. Com um auxílio de um mapa projetado num telão, a porta-voz da Oceanic diz que, pelos destroços do avião, o desastre foi logo abaixo da ilha de Membata, indo parar lá, carregados pela corrente marinha; e no 108º dia após o acidente, os cinco sobreviventes e o bebê de Kate, nascido em Membata, se aproveitaram da jangada de um navio vitimado por um tufão, indo até a ilha de Sumba - mais especificamente, na vila de Manukangga. Em seguida, ela mostra uma foto dos pescadores que supostamente encontraram o grupo. Finalmente, uma vez reconhecidos, eles foram transportados até Honolulu.
"Eles passaram por uma dura experiência mas concordaram em responder algumas perguntas", disse a mulher. Os jornalistas então ficaram alvoroçados, e o primeiro pergunta a Jack se ele lembra como foi a queda. "Lembro do impacto, do avião enchendo d'água e de alguns de nós passando pelas saídas de emergência. No primeiro dia, nos agarramos aos assentos flutuantes até que a corrente nos levasse. Quando isso aconteceu, éramos só oito", contou o médico, sendo observado em silêncio e por olhares estranhos de seus colegas de vôo.
Uma outra jornalista pergunta a Hurley sobre como é ter a fortuna dele de volta. "Eu não quero a grana. Ela dá azar". Outra repórter faz uma pergunta em coreano a Sun, que traduziu: "Ela quer saber se meu marido foi uma das pessoas que morreram na ilha". Jack a observa, ela silencia até responder: "Não. Ele ficou preso no avião".
Perguntas para Kate. "Como foi dar à luz na ilha?" - e ela disse: "Assustador". Outra dizia respeito à idade de Aaron - "Cinco semanas" -, com o jornalista concluindo que ela estava com seis meses de gravidez quando foi presa. A porta-voz então "cortou" o sujeito, dizendo que a prisão de Kate não está em questão.
A pergunta para Sayid é: "Há chances de haver outros sobreviventes do vôo?". O iraquiano: "Absolutamente, não". Todos os seis estão claramente bem desconfortáveis.
Acaba a coletiva e, saindo, Jack diz a Kate: "Você se saiu bem". Sayid é interrompido pela porta-voz, que diz que há uma mulher dizendo que o conhece: Noor Abed Jazeem. Ele se espanta, e vai até ela: é Nadia! Emocionados, eles se beijam.
Na ilha, Sayid chega à praia com o bote. Os sobreviventes o recebem, ele diz que Desmond está bem e que começará a levar as pessoas ao cargueiro, pois todos precisam sair dali antes do helicóptero voltar ao navio. "Por que antes do helicóptero?", questiona Juliet. A resposta: "Porque os homens do helicóptero querem matar todos nós". Juliet fica nervosa, e Sayid quer saber o motivo: "Kate e Jack acabaram de ir para lá".
Na floresta, Hurley pergunta a Ben aonde eles estão indo. O líder dos Outros diz que eles estão indo para a Orquídea, uma estufa; e que o motivo da ida é para que eles movam a ilha. "Como faremos isso?", pergunta o Dude. "Cuidadosamente", diz Ben. Nova pergunta de Hurley: "Se podíamos mover a ilha, por que não foi feito antes dos caras armados chegarem até aqui?". Ben: "Porque fazer isso é perigoso e imprevisível. É um último recurso".
Perto de umas pedras, Ben descobre escondida uma caixa. Locke a abre, tira biscoitos, um binóculo e um espelho, pedido por Ben. Ele pega o espelho e começa a fazer sinais com os raios de sol. "Estou me comunicando", explica. Logo, são vistos reflexos do alto da montanha. "Agora podemos seguir", disse Ben.
Locke: "Quem eram? O que foi isso? O que disse a eles?". Ben: "Não é da sua conta".
Na praia, as pessoas começam a carregar o bote. Faraday diz que entende que Sayid queira alcançar Jack antes de chegar ao helicóptero, mas que, enquanto isso, o físico pode ir transportando as pessoas ao navio com o bote. Sayid concorda, Faraday diz que eles seguirão em grupos de seis, e Juliet diz que, grávida, Sun deve ir primeiro.
Antes de sair, Sayid esbarra com Kate. A sardenta se espanta com a presença dele, e o iraquiano diz que é por isso mesmo que ele vai até Jack; e ela diz que ele não alcançará o médico a tempo se ela não for junto. Ele concorda, ela passa o bebê a Sun - que pergunta onde está Claire, não obtendo resposta - e os dois seguem.
Nisso, o bote sai rumo ao barco, com Sun e Jin dentro dele. O coreano diz a esposa: "Eu te disse que te tiraria dessa ilha". Ela sorri.
Flash-forward. Grávida, Sun vai visitar o pai, sr. Paik, no escritório, chegando ao fim de uma reunião tensa dele com outros dois funcionários. Ela pergunta o que estava acontecendo, e ele: "Negócios. Nada que você fosse entender", e pergunta da gravidez.
Ela pede para ele não fingir se preocupar com a gravidez dela, pois ele odiava Jin - e Paik acha o comentário desrespeitoso. Sun conta também que recebeu uma gorda indenização da Oceanic e que comprou boa parte da empresa dele: "Agora, você vai me respeitar", diz ela.
Sun então diz que há duas pessoas responsáveis pela morte de Jin, sendo ele uma delas. "Você arruinou a vida dele, e por sua causa estávamos naquele avião! Terei meu bebê, e depois discutiremos os rumos de nossa empresa", afirma.
Longe dali, um carro velho pára fora de um casarão, e Hurley salta dele. A porta da casa está encostada. Hurley entra, gritando por seus pais, e vê um coco no meio da sala. Ele pega a fruta, ouve sussurros e sons de ilha. Cada vez mais intrigado, ele pega a estátua de uma santa (como se fosse bater em alguém com ela) e caminha. "Por que faço isso?", ele se pergunta, indo abrir a porta do jardim.
Ao abri-la, dá de cara com seus pais e um bando de gente trajando camisas e colares havaianos e gritando: "Surpresa!!! Feliz aniversário!". É uma festa para ele, com tema havaiano!
Dentre os convidados da festa está Kate, com Aaron a tiracolo. Ela diz que Jack está atrasado, e logo Hurley recebe também a visita de Nadia e Sayid. "Tema interessante", diz o iraquiano. Logo, David Reyes, pai de Hurley, chega com uma brincadeira inconveniente: "Vamos acender uma fogueira? Caçar javalis?". Ao perceber o desconforto, ele pede licença para mostrar a Hugo seu presente de aniversário.
Hurley diz ao pai que não queria nenhum presente: "Não vindo do dinheiro". David: "Comprei isso antes da sua fortuna". Ao abrir a garagem, mostra o velho Camaro, totalmente reformado! O Dude fica emocionado, e David explica que reformou o carro após o acidente, como uma espécie de memorial, dando a chave ao filho.
Ao entrar no carro, porém, Hurley vê os números 4-8-15-16-23-42 no odômetro, e surta: "Isso é algum tipo de piada? Esses são os números da loteria! Não quero mais isso", diz, saindo correndo do carro e indo pela rua. Seu pai fica sem entender nada...
Na ilha, Hurley pergunta: "Se a ilha se mover, os caras armados também não irão junto?", e Ben, confirmando, completa: "Estou trabalhando nisso". Hugo então diz que ainda quer sair da ilha, e Locke diz ser tarde para isso.
Ben pára subitamente, pede os binóculos e sugere que os outros dois se agachem, "pois eles estão na Orquídea". Locke pergunta o que eles estão esperando para ir lá, e Ben diz que Charles Widmore sabe que eles irão para lá. "Pensei que você não soubesse por que ele está tentando achar a ilha", afirma Locke. "Não tenho sido exatamente sincero", confessa Ben.
Passando o binóculo a Locke, Ben manda o careca olhar à esquerda, e ele vê um sujeito com farda camuflada. "Eles já chegaram", diz Ben.
O bote chega até o barco. Faraday acena, e Desmond joga a escadinha para eles subirem a bordo. O Brotha ajuda o grupo a subir, pergunta por Sayid e Faraday diz que ele foi ao encontro de Jack, até o helicóptero. Faraday volta para buscar mais gente na ilha e Sun e Jin ouvem uma voz familiar: a de Michael, anunciando que consertou os motores. Espantados, eles o olham. e Michael fica sem graça.
Desmond entra na cabine de comando, e pede a um piloto para testar os motores, que estão funcionando. O Brotha pede então para que eles sigam com o navio para a ilha, mas dentro da coordenada de 305°, no que é prontamente atendido. Só que o piloto diz que há uma interferência no monitor, e que ele não consegue ver o fundo de corais. "Há algo sendo transmitido deste barco, e se não for desligado, só poderei ficar a cinco milhas da costa". Desmond parte para desligar a fonte da interferência.
Na floresta, Jack fala de sua apendicite a Sawyer, e eles chegam ao helicóptero. Lá, eles encontram Lapidus, algemado. Diante da dúvida de Sawyer em soltá-lo, ele conta que foi ele que jogou o telefone para que eles o achassem e, assim, ele poderia voar com eles para o navio.
Sawyer pega uma caixa de ferramentas para Lapidus se soltar, e o piloto conta que Sayid e Desmond ficaram no barco e que Keamy e companhia foram a uma estufa para pegar Linus. Sawyer fica intrigado: "O que eles farão com os que estão com Linus?". Lapidus: "Algo nada bom". Sawyer conta que Hurley está com Locke e Ben, e Jack fica indignado.
Flash-forward. Em uma igreja, Jack faz um discurso em homenagem a seu pai, Christian, com a presença de Hurley, Kate, Aaron, Nadia e Sayid. No pronunciamento, Jack diz que "sequer poderá enterrá-lo"; declara que amava seu pai, e que sente falta dele.
Após a saída dos presentes, Kate vai dizer a Jack que ele se saiu bem. "Treinei muito", conta o médico. Nisso, uma mulher loira pede para falar com Jack. Ela lamenta a perda, e ele pergunta como ela conhecia Christian. "Acredito que eu seja o motivo pelo qual ele tenha ido à Austrália". Jack não entende, e ela explica: "Ele não foi me ver, pois estava no hospital. Ele foi ver a filha dele. Minha filha".
Jack, incrédulo, diz que Christian não tinha uma filha. "Sim, ele tinha. Se não acredita, cheque as ligações telefônicas dele. E sabe o que é mais estranho nesta história? Minha filha também estava no vôo 815. Você devia estar a cadeiras de distância dela e sequer sabia que ela era sua irmã! Seu nome era... Claire".
Confuso e abalado, Jack a ouve dizer: "Não queria perturbá-lo, mas você precisava saber disso, Lamento a sua perda", se afastando em seguida. Carole Littleton (nome da mãe de Claire) vê Aaron no colo de Kate e diz a ela: "Seu filho é lindo", saindo em seguida. Jack olha para Kate, visivelmente transtornado.
No barco, Sun pergunta a Michael como ele voltou para Nova York. "Eu e Walt pegamos o barco e, seguindo a orientação dada por Ben, chegamos a uma ilha habitada. Lá, vendemos o barco e pegamos um cargueiro para os Estados Unidos, sem revelar quem somos".
Sun então pergunta se ele trabalha agora para Ben; e Michael nega. "Eu estou tentando compensar, e ajudei vocês. Pode traduzir para mim?", diz ele, referindo-se a Jin, mas o coreano mesmo diz em inglês que entendeu. Nisso, Desmond surge, gritando que precisa de Michael com urgência.
Michael, Jin e Sun seguem Desmond, e chegam a uma sala cheia de explosivos. Jin diz algo em coreano a Sun, e ela sai da sala imediatamente.
Na mata, Sayid e Kate seguem quando a sardenta diz que as marcas no chão não são de Jack nem de Sawyer, mas de alguém que está atrás deles. Sayid grita para a pessoa sair de onde estão. Nisso, surge Richard Alpert, desarmado e com as mãos para cima.
Kate diz para Alpert parar, enquanto ele pede para os dois abaixarem as armas. E nisso, surgem Outros por todos os lados, com as armas apontadas para a sardenta e para o iraquiano. Richard Alpert pega as armas.
Na Orquídea, olhando de binóculo, Locke diz que só vê dois militares, mas não o que matou Alex. "Ele está lá", diz Ben, falando para Locke entrar na estufa, dando também instruções para ele ativar de lá de dentro o elevador que lhe dará acesso à "verdadeira estação Orquídea". "E o exército?", pergunta Locke. Ben: "Quantas vezes terei que te dizer que sempre tenho um plano?", seguindo para a frente.
No barco, com Aaron no colo, Sun sai da sala em que Desmond, Michael e Jin estão; na floresta, Jack e Sawyer seguem; noutro trecho, Kate e Sayid são levados por Alpert e os Outros; e na Orquídea, Locke e Hurley vêem Ben, de mãos para cima, entrar na estufa e ser rendido pelos militares - e Keamy está lá.
Ben diz a ele: "Sou Benjamin Linus. Procuravam por mim?". Keamy aponta a arma na cabeça dele, mas lhe dá apenas uma coronhada.
Fonte: Lost In Lost - Por Carlos Alexandre Monteiro